terça-feira, 21 de julho de 2009

A dor da humilhação!

Que alvoroço é este? Uma mulher no meio da praça, semi-nua, tentando se proteger daquela multidão que a cercava...
Homens, mulheres, crianças a cercavam como urubu diante da carniça. Todos gritando, xingando, agredindo verbalmente aquela mulher indefesa.
No meio daquela gente, um homem causa um reboliço; todos queriam ouvir sua opinião. Na realidade, eles também queriam testar aquele homem para juntamente com aquela mulher, apedrejar.
Naquele tempo, se uma mulher fosse pega em adultério deveria ser apedrejada; essa era lei e como lei tinha que ser cumprida. Mas e aquele homem? Calado, vendo toda aquela cena, olhando nos olhos daquele povo e fitando longamente depois na mulher caída ali no chão...!?
Então, todos irados, o questionam?
- Hei, doutor! O que você pensa sobre isso? Afinal, como você sendo doutor, sabe que a lei nesse caso é rigorosa e deve ser aplicada. O que tem a dizer?
O homem parece meio indiferente à pergunta; discretamente se abaixa e escreve algumas coisas no chão que não dava pra ler, por causa da distância, talvez... e outra vez é questionado da mesma maneira.
Sua resposta foi uma facada no ego de toda aquela gente:
- Quem nunca errou (pecou), faça o que a lei manda (atire a primeira pedra)!!! - voltou a escrever no chão.
Todos ficaram pasmados... a reação foi unânime! As pedras que estavam nas mãos, escorregaram; um por um saía daquela manifestação sem poder se quer, questionar, retrucar, mostrando que era superior...
Então, quando a mulher percebeu que havia se livrado de forma milagrosa daquela situação, ficou completamente atônita, sem reação; somente seus olhos carregavam lágrimas que lutavam pra não cair. Aquele homem, o tal doutor, se aproxima e com um amor jamais visto pediu que ela não voltasse à vida que tinha e devolveu sua dignidade.
Não há ninguém que conte o motivo do adultério daquela mulher.
Mas todo ser humano tem sua história.
Todo ser humano tem a sua escolha.
Todo ser humano erra.
Erro é erro (assim como pecado é pecado).
Não se pode medir, pesar, comparar...
Meu erro não é maior ou menor que o seu.
A dor da sua humilhação é a mesma dor que eu sinto quando sou humilhada.
As emoções e sentimentos são os mesmos...
Mas, algo aprendemos aqui:
"A dor não é eterna quando ela fica diante da graça que nos envolve quando menos esperamos."
Podem te julgar pelos seus erros, mas nenhum deles são melhores do que você.
Se errou hoje, busque acertar amanhã e depois de amanhã e depois...
E lembrando acima de tudo que, se o homem (DEUS) não te condenou, nem você, nem ninguém tem o direito de te culpar.
Erga a cabeça e siga enfrente, porque no tempo certo Deus te exaltará.
Deus te abençoe!

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