sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Vá para o porão...

Um corretor de imóveis levou um possível comprador à uma casa belíssima: portas com maçanetas trabalhadas, janelas delicadamente pintadas, um jardim florido e bem aparado, uma rua tranquila e vizinhos amistosos... parecia ser a casa perfeita pra se morar. Mas o possível comprador, pediu pra conhecer o porão da bela. Espantado, o levou casa à dentro, sem entender onde ele desejava chegar. Antes de descerem ao porão, mostrou cada cômodo espaçoso e os raios do sol que invadiam cada canto da casa através das janelas. Tudo era muito perfeito aos olhos, tudo era magnífico... uma verdadeira obra de arte! Então, o comprador insistiu, dizendo que queria ir até o porão... O corretor abriu a pequena porta que ficava no corredor que ligava a sala à cozinha e desceram juntos pelas escadas. Ao ligar a luz, o comprador observou as paredes, as vigas, tudo minuciosamente sendo observado. O corretor, um tanto ansioso, o questionou sobre o que ele (o possível comprador) buscava ali. Então, respondeu que as mais belas casas não significam ser boas demais pra se viver, se o alicerce que se esconde nos porões não estiver no prumo. A venda? Não deu certo! Interessante história! Porque, muitas vezes, é essa a nossa história também. Quantas pessoas são como as casas mais belas que todos almejam ter em seus círculos de amizade, em suas empresas, no seu grupo familiar... mas quando se descobre que a aparência não sustenta o que o coração é, há decepção. Menosprezamos com muita facilidade, pessoas que não aparentam ser bonitas, bem vestidas, ornamentadas, eloquentes, simplesmente as enxergamos como um "serzinho" vivo. Admiramos celebridades, seguimos a moda internacional, as formas da ditadura da beleza, os donos de carros importados, os grandes times esportivos, as mansões européias, as passarelas... Perdemos tanto tempo, dando valor ao que não tem valor... Subestimamos a simplicidade porque, aparentemente, ela não chama à atenção, não dá destaque, não fica no topo... Engraçado como somos tão superficiais e pequenos... Imagino a cara que Samuel fez ao passar pelos filhos de Jessé, como se passa por uma tropa, ao ter que revelar a escolha do novo rei de Israel. Os irmãos de Davi eram guerreiros, grandes, importantes... já Davi, pobrezinho... tinha o odor das ovelhas, era jovem demais e "feinho". Um garoto que ficava tocando sua "viola" pelos campos e interagindo com "animais". Quem quer viver na casa feia? Quando meu pai comprou a nossa casa, ninguém dava nada por ela. Era velha, feia, uma cor de nada, não atraia nenhum olhar. Meu pai ficou anos e anos, reformando a velha casa. O alicerce que essa casa tinha era bom, forte... tal qual um vaso nas mãos do oleiro, dava pra ser trabalhada. Não se dá valor a algo ou alguém, pelo que ela aparenta... a decepção é sempre certa. Lógico, toda regra tem sua exceção. Mas, descubra nas coisas que, aparentemente, não tem valor o grande potencial e força que existe. A beleza pode estar escondida num porão que nunca foi visto. Afinal, todo porão é escuro e coberto de teias de aranha. Talvez, porque a beleza da vida e o seu valor foi esquecido pela superficialidade de uma vida sem sabor! Creio que Deus deseja te tirar do lixo e te fazer assentar com príncipes. Te dará um lugar de honra. Não importa se você faz parte dos círculos dos bons ou não. Ele não julga pela aparência e sim, o coração! Deus te abençoe!

Um comentário:

  1. É minha irmã, enquanto os Homens insistem em olhar o superficial, Deus não só olha o interior mas tambem investe nas bases de um Homem. Talvez nossas orações não sejam muitas vezes respondidas porque insistimos em colocar cada vez mais peso em nossas paredes sem contudo nos preocuparmos com o alicerce.
    O Deus que servimos nos vê como um todo e muitas vezes insistimos com Ele para recebermos algo que nos seria extremamente prejudicial. Bendito seja o seu nome eternamente, até mesmo por coisas que não recebemos.

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