sábado, 12 de dezembro de 2009

Poema da noite

Caminho descalça pela grama molhada, com a sensação gostosa de liberdade. Ando sem direção, entre flores de todas as cores, sentindo o perfume que exalam com uma suavidade indescritível...
A tarde vai se despedindo devagarzinho, saudando a noite estrelada num azul intenso e infinito. Paro por um momento e não há palavras, nenhum som, só a beleza do que não posso tocar e emudecida fico ali, parada.
Deito-me sobre as folhagens verdes, ainda úmidas pela chuva suave que, melodicamente, tocaram a canção do entardecer e por um momento, decido embarcar na viagem que convidam meus olhos.
Cada estrela brilha intensamente e me convida à conhecer mais um pouquinho do que é real e invisível.
A noite embala meus sonhos e desejos...
A chuva embala minha'lma...
E as estrelas me levam à esperança...
A noite está em silêncio juntamente comigo...
A lua foge, se esconde por trás de uma tímida nuvem passageira...
A nuvem se vai e a lua com as estrelas ainda permanecem lá.
A grama ainda está umedecida, agora não pela chuva, nem pelo orvalho, mas pelas lágrimas que escapam de uma emoção que não posso conter...
A beleza está demonstrada num espetáculo quem nem todos podem desfrutar, nem perceber...
A correria da cidade grande roubam-lhes o prazer de viver intensamente a simplicidade da vida.
Ainda sinto a grama molhada...
Meus olhos ainda fitam as estrelas...
Continuo deitava sobre as folhas verdes...
Ainda sinto o perfume suave das flores...
Sinto meu coração bater apaixonadamente...
Estou viva!

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