quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Um conto que conto...

Sente numa poltrona confortável e leia com um coração de criança... "Seu coração era simples e inocente. Ainda não havia conhecido o amor, só tinha escutado a pequena palavra através da boca de gigantes que a rodeavam em seu mundo de sonhos. Seus olhos eram tristes e serenos, seu sorriso tímido, mas contagiante. Embora, fosse reservada e se sentisse segura em sua solidão, ansiava estar cercadas de amigos e encontrar um verdadeiro e eterno amor. Ainda menina, sem a malícia conhecida por tantas outras, vivia sonhando... E nem precisava dormir pra sair do mundo real. Sua mente era a estrada em que viajava, sem rumo, sem um norte, sem um ponto final. Desaguava seus puros sentimentos através de suas canções e seu companheiro fiel era um velho violão. Suas canções eram doces melodias que envolviam até mesmo os pássaros que a observavam na janela; enquanto cantava os pássaros faziam o contracanto como se já houvessem ensaiado. Até que um gigante roubou seu coração e a fez conhecer a dor de uma paixão, mas não foi digno de tê-lo, não foi suficientemente homem para cultivar nobre sentimento. Pisou em sua sensibilidade, rasgou sua veste imaculada e a jogou em uma lata como se fosse lixo. Ela conheceu a dor! E com a dor foram jogados num fundo baú empoeirado seus sonhos... Quem é que acredita no amor? Mas o tempo é um amigo paciente e enxugou as lágrimas da pequena menina. Ela foi buscar no vento a resposta pra sua dor, este sorriu e a abraçou mostrando que somente ela poderia fazer a escolha de carregar as pedras ou depositá-las no altar feito no alto cume. Ela sentiu medo. Havia muitos bichos e mata pra enfrentar na íngreme subida. Mas sabia que sua vida estava sendo consumida e só cabia a ela mudar a trajetória... Dando pequenos passos e enfrentando os perigos conseguiu chegar ao lugar onde estava o altar. Uma a uma foi colocando as pesadas pedras e num choro silencioso fez uma pequena prece: -“Me desculpe em não saber falar direito, mas estou aqui porque roubaram minha felicidade e eu sem forças depositei meus sonhos num velho baú. Já não conheço mais as canções que entoava e não sei mais sorrir. Mas, se podes devolver a minha vida, recebe essas pedras como uma oferta de misericórdia e me ajude a ser quem um dia eu fui... Amém!” Sua oração foi tão sincera que os céus se moveram. As pedras que outrora, pousavam no altar foram consumidas por um raio e todo o peso que a pequena menina carregava se foi. Ela sentiu uma alegria brotando do seu interior e desceu aquele monte dançando e cantando; mal sabia ela que o que tanto seu coração buscava a aguardava no pé da montanha..." Deus te abençoe...

6 comentários:

  1. deveria ter outra alternativa de reacao! seria maravilhoso! amei , me emocionei bj te amo

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  2. Tininha,

    cada dia que passa as palavras ficam mais parecidas contigo.
    Elas, assim como você possui sorriso leve e olhos de diamante.

    Continue percorrendo o caminho da escrita, o caminho que desnuda a alma, que tece roupas, que agassalha o coração.

    Te admiro mto!

    bjins,

    Lu.

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  3. "A escrita revela os segredos que não conseguimos dizer, uma caneta e um papél abrem o baú da nossa alma"

    ... não pare de escrever, suas palavras tem verdades!!!
    um bjo no seu coração Fióta e muita paz!!!

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  4. Alma de poeta, pena afiada e profunda, me senti esta menina subindo tal montanha.

    Me tornei seu fã.

    Paz e bem

    Vou compartilhar seu texto no Descanso.

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  5. Olhe o link do post e no final do texto uma pequena homenagem http://descansodaalma.blogspot.com/2010/02/um-conto-que-conto.html

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