sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Pássaro na janela

"... e no meio da tempestade,
um pássaro pousa na janela...
não fugia dos ventos fortes,
não procurava abrigo da chuva torrencial.
ele pousou na janela
pra cantar uma canção
e nela fazer-me recordar
que o Autor da Vida estende Seus braços de graça,
carregando-me no colo
quando meus pés já não conseguem tocar o chão."

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Uma conversa pra nunca mais esquecer...

- Que dor é essa que você traz em seu peito?
- São feridas não cicatrizadas...

- Por que você chora escondido?
- Porque preciso ser forte pra suportar os dias quentes.

- Por que você se cala?
- Porque as noites são frias e meus lábios congelam.

- Posso refrescá-la nos dias quentes. Posso aquecê-la nos dias frios.
- Não sou digna.

- Por quê?
- Acho que perdi algo na minha caminhada enquanto atravessava a estrada de pedras.

- Pensou que não ouvia sua oração sem pronúncia de palavras?
- Não vou negar... Muitas vezes acreditei que não se importava comigo e senti-me abandonada.

- Duvida do meu amor?
- Não. Acho que duvido do meu.

- Você não me ama?
- Amo.

... (suspiros e lágrimas)

- Eu sei que você me ama. Mas também sei que sendo humana pode falhar, tropeçar, errar e mesmo assim, o meu amor por você não muda em nada.
- Tenho vergonha! Seu amor me constrange...

- Prometi que não seria fácil viver e que não a isentaria das dores, tempestades... Mas também prometi que jamais deixaria atravessar tudo isso sozinha. EU SOU com você.

- Por favor, não me abandone.

-Jamais.

- Por favor, não me deixe só.

- Jamais.

...

Então, ela foi envolvida por braços fortes e um abraço que trouxe alento e aconchego e a paz que tanto buscava, ela encontrou.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Saudades de quem fui...

Arquivo Pessoal
Ai que saudades sinto da menina que fui um dia
Do sorriso fácil
Da risada incontida
Do olhar inocente
De alma genuína

Ai que saudades sinto da menina que fui um dia
Que olhava mas não enxergava
E se via fingia não olhar
Era sua forma de se proteger
Era sua forma de não se machucar

Ai que saudades sinto da menina que fui um dia
Quando só bastava ouvir uma música
Dançar escondido
E sentir o gostinho da liberdade
Liberdade de ser e nada mais

Ai que saudades sinto da menina que fui um dia
E que as circunstâncias levaram com elas
A sua ingenuidade
E a ternura da vida

Ai que saudades sinto da menina que fui um dia
Outrora seus pés tocavam o chão como se fosse algodão
Mas cresceu e percebeu que tudo que o asfalto deixou
Foram as feridas que não querem cicatrizar

Ai que saudades sinto da menina que fui um dia...
Que saudades...