terça-feira, 18 de agosto de 2015

A boca fala do que o coração está cheio

É preciso se esvaziar para não adoecer

Créditos: O Jardim de Lorenzo

Observar calada. Vi e vivi muita coisa. Guardei comigo um punhado de momentos que fizeram adoecer a minha carne e trouxeram dor aos meus ossos. Fingir não ver parecia ser uma boa opção para se livrar de aborrecimentos. Hipocrisia era uma casa nada acolhedora, porém por muito tempo foi o lugar que encontrei para me abrigar.

Sorrir quando o que mais desejava era chorar. Silenciar quando o que mais desejava era gritar. Surgir quando o que mais desejava era fugir...

A vida sempre nos oferece vários caminhos para se trilhar. As curvas não revelam o que vem depois. É preciso ter coragem para seguir enfrente e descobrir o que reservam as trilhas que escolhemos.

Bifurcações, cruzamentos, curvas,... Tantos são os caminhos... Tantas são as escolhas... Quantas consequências!

Nessa caminhada ou você morre sufocada com seu grito silencioso ou você desnuda a sua alma em cada passo que você dá; ou seus lábios se tornam túmulos caiados, onde o coração apodrece quando as decepções da jornada parecem ser invencíveis... Ou você abre a boca e mesmo que num sussurro lança fora tudo que te sufoca, te faz mal, te mata.

O que jorramos com a nossa boca nada mais é do que um turbilhão de situações que nos machucam e tentam nos matar aos poucos e são exteriorizados através de uma fala carregada, muitas vezes, com lágrimas e soluços.

Falar é a cura! Desabafar é o remédio.

Nosso coração não é depósito de lixo. Nossa boca não é um baú de palavras não ditas. Nossa vida não é insignificante.

Esvaziar é se dar uma chance de uma nova vida, de um novo amanhecer, de uma vida plena.

Esvaziar é se dar uma chance de ser livre!

Livre!

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