quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Essa é a melhor conexão que podemos ter



"Bom mesmo é a gente encontrar um bom amigo" [Balão Mágico]

Twitter, Facebook, Whatsapp,...
Computadores, tablets, celulares...
Incrível como o universo virtual nos faz reencontrar amigos que há tempos não tínhamos contato. Basta apertar uma tecla e tudo está lá; à nossa disposição.
Mandamos mensagens virtuais, trocamos áudios, fotos, vídeos... Tudo num click.
É maravilhoso tudo isso...
Nos aproxima de quem está distante.

Mas...

Corremos o risco de perder os que estão por perto.

Ninguém mais olha nos olhos e bate aquele papo que dura horas. Ninguém mais separa aquele tempo em que se dedicava a escrever uma carta à mão e contar as novidades, matar as saudades, expressar carinho... Separar um tempinho pra escolher um lindo papel de carta e fazer desenhos no envelope, caprichando na letra e depois de um tempo ficar na janela esperando o carteiro chegar não pra receber contas, mas aquela carta em que alguém também separou um tempo pra escrever e fazer um afago através das letras.

Quem nunca perfumou uma carta? Quem nunca desenhou no cantinho da folha? Quem?

Nesses últimos dias resolvi escrever algumas cartas à mão. Escrevi pra algumas amigas que tenho um carinho especial. Que fazem parte da minha história. Amigas de infância, amigas dos momentos difíceis, amigas que deixaram uma marca em mim.
A Paty, uma das minhas amigas confirmou o recebimento e disse que há anos não sabia o que era receber uma carta. A alegria dela me alegrou!
As demais ainda não tive retorno e o triste é que os carteiros entraram em greve... =(

Mas... Sabe... Sinto falta da época em que as conversas eram feitas na base do olhar. Olhos nos olhos. Aquele tempo em que você sentava na calçada e ficava horas a fio conversando, rindo, cantando com um violão velho. Tempo em que fazíamos serenatas aos que precisavam de apoio ou só pra comemorar mais um ano de vida. Tempo em que íamos pra uma pizzaria e juntávamos várias mesas só pra estar juntos, só de bobeira. Tempo em que gravávamos uma fita cassete contando histórias bizarras e segredinhos do coração...

Ah! Quem pode resgatar momentos preciosos como esses numa era tecnológica?

Você anda pelas ruas e vê gente rindo sozinha, falando sozinha, brigando sozinha... Sim. Todos sozinhos. Sozinhos nas ruas, nos ônibus, nas suas casas,... Sozinhos!

Uma solidão que vicia. Que mata aos poucos. Que leva ao tédio profundo.

Bom seria se a gente voltasse ao tempo!

Olhasse nos olhos...
Ríssemos juntos...
Chorássemos juntos...
Cantássemos juntos...
E nos entrelaçássemos com os braços.
Essa seria a conexão mais profunda e íntima que poderíamos usufruir.
Sem aparelhos.
Sem fios.







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