sábado, 28 de novembro de 2009

Recordações e Retratos...

Essa foto sempre me emociona...
Eu estava lá, embora, você não me veja nela, mas eu estava lá.
Não sei se isso acontece com você, mas sempre que abro algum álbum de fotos, faço uma viagem que raramente me dou o prazer de fazer...
Alguns retratos me fazem rir; outros, me fazem chorar...
É engraçado, como cada um deles têm uma história pra contar e não é qualquer história, não é folclore, histórias de fadas... são reais, verdadeiras. Fazem parte do passado e ainda são tão presentes...
Estávamos no Haiti em março de 2001, eu, Raudson e Silvana, Eliézer (Pato) e Claudinha (Ovelha), André e Érica, Darci, Gizele, Rafa e Cristiano. Ops, a Bia e a também (as nossas crianças)...
Trabalhamos por 08 meses na América Central: Cuba, Rep. Dominicana, Haiti, Guatemala, Nicaragua, Panamá e passamos por El Salvador...
Mas, de todas as fotos tiradas... essa pra mim é a que me emociona mais...
Os olhos transmitiam profunda curiosidade sobre quem eram os branquelos que estavam ali, diante deles...
Os sorrisos não eram roubados, era dado à nós gratuitamente...
Apresentávamos as nossas danças e dramas e ali ficavam, não se moviam. Seus olhos brilhavam e o sorriso nos recompensava o esforço que fazíamos debaixo daquele sol ardente e daquele chão, outrora vermelho, outrora cinza...
Nunca vi tanta gente aglomerada e sedenta por esperança! Todo sacrifício era válido!
Crianças e adolescentes no pátio, no telhado, perto do "palco" ou a distância, todos ali, sem se mexer, querendo ouvir mais, querendo nos tocar, sentir nosso cheiro, tocar na pele branca tão rara de se ver...
Já se passaram 08 anos e parece que foi ontem, que vi um garotinho na ponta dos pés tentando sentir o meu perfume; uma menina tocando em meus cabelos e encantada por estarem macios; adolescentes me cercando rindo por eu ser tão branca...
Estávamos ali para presenteá-los com o amor de Deus, mal eu sabia que quem estava recebendo o maior presente, era eu mesma...
Não foram fáceis os 08 meses de viagem. Os desafios não davam trégua. Longe de casa, longe da família e amigos...
Quantas lágrimas...
Quantos milagres...
Todos os retratos trazem a sua história, porém, nenhuma foto me proporcionou tantas saudades, quanto essa. Talvez, porque eu tive a convicção de que as coisas mais simples que realizamos se tornam grandiosas demais pra se perderem no tempo.
Obrigada, Jesus!
Deus nos abençoe...
P.S. pra quem quer conhecer melhor o Ceifa: http://www.blogger.com/www.ceifa.jocum.org.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Marcas profundas...

Confesso que não sei ao certo como começar à escrever o que está latente em meu coração. Então, permitam-me começar com uma frase que minha tia sempre diz: "O AMOR VENCE TUDO".
Sim, o amor vence qualquer barreira, qualquer dificuldade, qualquer afronta,... O amor, simplesmente, vence!
A bíblia diz, que: O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (I Co. 13). O amor e a verdade andam de mãos dadas. Um é companheiro leal do outro. Juntos, eles podem destruir a muralha do ódio, da rejeição, da dor, de tudo o que nos causa sofrimento. Observe que o amor não nos isenta de sofrer ou de sentir dor, mas nos ajuda, juntamente com a verdade, superar, vencer essas situações pelas quais passamos.
Talvez, você esteja se perguntando: "Onde ela tá querendo chegar?"
Respondo, não de uma forma muito longa, mas quero ser objetiva...
É muito triste ver, "cristãos" respondendo às ofensas dos ímpios com a verdade, porém, recheados de ódio. Não é errado se indignar com o que dizem, mas a ira pode causar um efeito contrário do que se é esperado. A bíblia diz, que: A palavra dura suscita a ira, mas a palavra branda desvia o furor (Pv.15:1).
Nós, que somos cristãos, que professamos a nossa fé em Cristo, já vemos tantas coisas em nosso meio que nos decepciona e faz com que os que não professam da nossa fé, zombem de nós e nos trate como burros e ignorantes. Quando reagimos aos seus comentários sarcásticos ou seus pensamentos tolos, nos tornamos como eles ao reagir com raiva.
Não quero aqui, dizer que, devemos abaixar a cabeça e aceitar as ofensas, as palavras insensatas, os comentários sarcásticos; mas quero dizer que O AMOR E A VERDADE DE MÃOS DADAS PODEM VENCER TUDO AQUILO QUE VEM CONTRÁRIO À NÓS.
Se as pessoas acreditam em Cristo ou não, devemos respeitar. RESPEITAR. Não podemos obrigá-las à crer no que acreditamos. O próprio Deus respeita o livre arbítrio do homem, porque insistimos em fazer o contrário? O nosso caráter, nossa integridade, nosso andar, comportar, falar, podem testemunhar uma vida cristã sem o uso de palavras.
Filhotes, vamos fazer a diferença, vamos ser o sal da terra e a luz do mundo. Vamos marcar essa geração tão desacreditada e sem esperança com o amor que foi derramado em nossos corações por Deus.
Há marcas de decepções e frustrações que foram deixadas na vida de muitos que conheceram à Cristo e que O abandonou por não ter a "terra preparada pra receber a semente" e que alguns que se dizem "cristãos" fizeram o trabalho de roubar e sufocar as sementes. Veja, eu disse ALGUNS.
Eu acredito que essas marcas podem ser cicatrizadas, porém, o trabalho é árduo e requer: paciência, perseverança, esperança, fé e amor. O Amor!
Que Cristo nos ensine a contar os nossos dias, de maneira que alcancemos corações sábios (Sl. 90:12).
Deus tenha misericórdia de nós!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Saudades da minha infância...

Hoje, um amigo escreveu que sentiu saudades de sua infância ao lembrar da sua piscina azul de 1000 litros, que parecia ser tão grande...
Através de seu comentário, fui dar umas voltas na minha história e me lembrei de como era simples e gostoso a infância de outrora. A tecnologia era coisa rara de se ver nas casas... Nós nos divertíamos mais com brincadeiras que, infelizmente, hoje não se vê mais.
Quem é que nunca brincou de pular corda, corre cotia, amarelinha, passa anel, bambolê e tantas outras brincadeiras que nem me lembro mais dos nomes. Quem não tinha piscina ou se tinha e ela havia furado, não sabia tirar proveito da mangueira enrolada do quintal e tomava aquele banho gostoso e ficava deslizando pelo chão...!?
Eu não tinha muitas bonecas, me lembro somente de duas: Suzi e Fofolete (azulzinha). Amava ursinhos de pelúcia, tinha um jogo de casinha em miniatura, onde na panelinha colocava capim com um pouco de arroz e acendia uma vela no fogãozinho para dizer que estava cozinhando. O meu fogãozinho ficou pretinho...rsrsrsrs...
Lembro que tinha uma amiga que, ao me visitar, brincávamos de "pregadoras"...kkkkk... na minha igreja era proibido maquiagem e coisas do tipo, então, em casa, era mais fácil ser pregadora mais produzida. Molhava meus lápis de cor na língua e os usava como batom, sombra... Acho que você pode imaginar o quanto ficava linda com aquela "maquiagem fashion", ? Pegava a banqueta do quarto da minha mãe e o fazia de meu púlpito; ali líamos a Bíblia, cantávamos hinos da harpa e fazíamos apelo.
Também me lembro de que adorava dançar, tinha discos infantis que escutava sem parar...
Tempo gostoso, cheio de inocência, ingenuidade...
Brincar na rua não era tão perigoso, raramente se via brinquedos como: armas, espadas... Os garotos curtiam mais pipas, futebol, bicicleta, bonecos como "Falcon" (nem me lembro mais como se escreve, mas acho que me entendem)...
As meninas dançavam, brincavam de boneca, casinha, velotrol, contavam histórias inventadas...
Hoje, me dá um certo arrepio ao ver que as brincadeiras mudaram radicalmente e os brinquedos também. As crianças, até mesmo nas roupas, deixaram de ser crianças e se tornam adultos mirins.
Ai, que saudade daquele tempo em que a diversão era cheio de pureza e criatividade. Lembro que uma vez, tentei bordar um lenço. O desenho era pra ser uma casa. O resultado? Um desenho não identificado...rsrsrsrs...
Aproveitei minha infância o máximo que pude, mesmo quando algumas tempestades surgiram... mas aproveitei e como!!!!
Eu sei que os tempos mudaram... Tudo está muito diferente da infância de alguns anos atrás. Sinto pena das crianças de hoje, por não saberem viver com a simplicidade daqueles tempos, porque mesmo sem tantos recursos e tecnologias, aproveitávamos os segundos vividos no nosso mundo de fantasias e sonhos.
A saudade fica, a esperança sobrevive e o desejo de ver no futuro crianças sendo crianças lateja como nunca...
Do que você sente saudades do seu tempo de criança?
Pense um pouquinho, tenho certeza, que você vai dar valor à tudo que você viveu...
Deus te abençoe!