Não! Definitivamente, não há como dominá-las...
Correm, fogem, se escondem e por trás das rochas ficam espiando meus movimentos, minha agonia, meu desespero.
Já dentro de mim há uma revolução. Os mais variados sentimentos brigam entre si.
Todos querem ter o primeiro lugar pra ganhar vantagem e ir ao encontro das letras que escondidas ficam nas grutas.
Se elas soubesse que eu só gostaria de brincar...
Não há como machucá-las, feri-las...
Elas, sim, machucam minha'lma quando resolvem desaparecer.
Sento, calada, choro.
Desfaleço...
É como se todas as cores se transformassem em um cinza grafite...
Tudo perde a graça!
Elas entram em greve e eu na angústia.
A gruta é escura e não há espaço pra que eu possa entrar. Elas se divertem as minhas custas, já que podem moldar seus tamanhos e jeitos.
Ah! Onde estão vocês pequenas linhas flexíveis!?
Venham para fora. Encontrem-me na trilha onde há rosas, onde há espinhos.
Vocês podem escolher com qual companhia desejam trilhar: sorrisos ou lágrimas?
Não discutirei...
Ficarei observando o espetáculo da dança que fazem ao se lançarem em alguma folha de papel...
E assim, emudecida vou presenteá-las com um único nome: INSPIRAÇÃO!
Penetrando nesta cavidade, que foi construída natural/artificialmente, sem rochas calcáreas nem arenitos, mas com muito sentimento, beleza e simplicidade, percebo que no interior da gruta há muito mais que depressão, estalagmites ou estalactites... há POESIA que desperta emoção.
ResponderExcluirEstou sem palavras...
ResponderExcluirSimplesmente lindo, divino e intenso.
Realmente um belo desabafo...
Paz e bem
Sensiblidade a flor da pele! Lindo!A poetiza implora pelas letras para que uma porta se abra e a liberte. Nome da porta:Inspiração; que é também o oxigênio da poesia. Eu é que emudeci agora.
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