sábado, 2 de outubro de 2010

À procura dos meus versos



Sinto uma dor fina quando desejo derramar em uma folha qualquer os versos que nascem dentro de mim.
A dor nasce da angústia de sentir-me sufocada em desejar ver os versos fluirem na correnteza das linhas e perceber que as comportas se fecharam.
Não sei como posso abrir...
Minha alma clama, brada pra que as palavras sejam libertas.
Eu choro, lamento, silencio, emudeço...
Permito-me sentir a dor dessa procura na ânsia de desejar vê-las surgir como o sol no amanhecer, que aos poucos lança seus raios sobre a terra, trazendo a luz, calor e a beleza que me cerca...
Nada!
Onde estão? Por que fogem?
Meu corpo sente o burburinho que os versos produzem na alma...
Minha mente se transforma em uma galáxia onde os pensamentos mais diversos flutuam sem gravidade...
Não há letras... Não há palavras... Não há versos... Nem poemas...
Só sentimentos...
Querem explodir! Gritam por liberdade...
Seu brado é silencioso. Somente eu as ouço, somente eu as sinto...
Ai, que dor fina que fere minha alma, desfalece meu coração...
Enquanto as letras fogem para o deserto, sinto que em mim há uma multidão desvairada, enlouquecida no trânsito das emoções...
E permaneço à procura dos meus versos...
Não...
Não desistirei!

Um comentário:

  1. Simplesmente... DEMAIS!!!
    Inspirado pelo nosso Criador... Amei! Deus te abençoe!!!
    vaninha

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